quinta-feira, dezembro 25, 2008

Que Natal Atípico....

eu nunca fui fã número 1 de natal. mas tbm nunca quis me desfazer dele como mta gnte gostaria. no fim das contas, era uma época de festa certa, mesa farta, bebida, musiquetes e família (sim, aquela q sempre dá problemas) reunida. sempre foi divertido. sempre foi meio igual. sempre foi ritual.
nesse ano louco acabou tdo diferente. amores desfeitos, afetos irritados, família... separada! strange! três ceias ao invés de 1. sem primos, sem tios... telefone! ainda bem... ainda bem...
dia 25 teve algo ainda mais atípico. acordei, como diz minha mãe, com um "espírito de arrumação" impossível!
no quarto, na sala, na alma!
arrumei livros, cds, papéis soltos, msn novo, pensamentos loucos, sentimentos poucos... coloquei tudo no lugar, e no que pude, pus etiqueta! o q não deu, joguei pelo chão. tantas lembranças, tantas vontades e sonhos... qntos sonhos... no fundo, bem espalhado, um pouco em cada parte, inutilidades, futilidades, e inverdades. as primeiras, joguei fora, sem dó, antes que minha mania de guardar e resistência à mudanças se apoderace do momento. as segundas, guardei, me distraem tanto às vezes. e as terceiras... ah, as inverdades... essas eu pintei com as cores que eu quis, coloquei na cama e brinquei até cansar, até brilharem como verdades. elas me atraem de alguma forma q não sei. guardei no armário, todas de cara nova, com meu jeito, minhas feições. nunca joguei tanta coisa no lixo. nunca me dediquei tanto tempo a essas tarefas. nunca as achei tão necessárias qnto hj. que clichê, pode-se dizer que renasci no natal, embaixo de chuva e com gosto de vinho tinto na boca. pão e vinho. ceia de nosso senhor! tombei tão leve e ainda tão inquieta. observando tudo, me lembro, sem pesar, q não demoro meia semana pra de novo tirar tdo do lugar. mas que se dane! a bricadeira do dia era mesmo arrumar!
sensações tão intensas. espasmos de prazer. eu estava a me limpar. renovar. me encher de novo do que havia sido, do que estava por vir e, como poucas vezes, do que se passa agora. em raríssimo momento, me senti plena de mim. e por mim. sozinha. uma solidão cheia. uma solidão minha. e me pareceu tão pequeno ter que responder mais tarde a uma farpa atirada. me pareceu tão mesquinha a colocação feita. me pareceu uma tentativa de roubar de mim o que a pouco eu havia conquistado.
desculpa, querido, mas não. no meu mundo, eu não lhe devo satisfações. no meu momento, eu não permito restrições. no meu estado, eu respeito o seu espaço, como se meu ele fosse.
e, assim, eu suspiro. às vezes essa solidão é tão aconchego. e às vezes o outro me deixa tão só. vc me diz: é um medo, insegurança, inexperiência. que seja.
Fiz minha escolha. ponto. fim.

"Mas sou minha, só minha e não de quem quiser
Sou Deus, tua deusa, meu amor"

1º de Julho

3 comentários:

Comentador Fiel disse...

Aqui em casa nem ceia teve...

as vezes eu acho essas datas meio dispensáveis, o natala por exemplo, nunca ganho presente, não gosto de quase nenhuma comida da data e quase sempre passo o natal só. Páscoa a mesma coisa, só que eu odeio chocolate.

Esse ano eu gostei. O que mudou do que foi escrito no parágrafo anterior? NADA. Acho que fui eu que mudei, me tornei mais triste e passivo.

Roses disse...

num ganho presentes desde que fiz 15 anos... chocolate? adoro! páscoa eh uma das minhas preferidas...

"triste e passivo" a gnte cresce com isso... num vê, vc ateh curtiu o natal... eh bom, as vezes...

Polly Ana disse...

Pessoa, nem me fale, meu natal foi muito atípico também!!! Fazer o que, passei o primeiro natal ateu de verdade, sozinha, lendo de leve, massa! Odeio essa data, acho que o clima pesa, fazer o que?!

Ps: só acreditei nessa arrumação toda quando fui à sua casa!!! kakakakakakakakakakaka