domingo, novembro 12, 2006

Que não me neguem o direito de sonhar

criticar é postular,
construrir... demolir e talvez, em algum momento, transformar...
mas a crítica não tem um fim, ou não deveria ter.
Ela nasce do questionamento mais sincero e espontâneo... mas ela não é livre pra voar e assumir formas, pra ir em frente e edificar muralhas ou transpor barreiras...

Criticar é uma arte que demanda além de talento, coragem, mta coragem...
o artista é autêntico, transparente, mas não necessariamente verdadeiro e límpido...
a verdade não eh o limite, é antes de mais nada o começo... o começo da liberdade vigiada e da busca desenfreada pelo direito de gritar o diferente...
o artista vive amarrado, canta, luta, dança, surta, jura, menti e senti...
joga no lixo seu papel social e ressurge como a fênix sobrevoando e amaldiçoando o ideal

o crítico não desiste, não cede... sonha e se rasga em mil pedaços,
só pra ter a esperança de viver, de existir
e uma vez, q seja, olhar nos olhos da SUA, e exclusivamente SUA, verdade...

sábado, novembro 04, 2006

Posso morrer sem fazer muitas coisas
Sem conhecer pessoas misteriosas
Sem ver um eclipse lunar
Sem sentir compaixão ou piedade
Sem ter esperança nas crianças ou idosos
Sem ir contra aquilo que se diz maldade
Sem enxergar desenhos nas nuvens
Sem entender os poderes de uma certa trindade

E eu posso morrer...
Posso morrer sem ter inveja da liberdade
Sem sofrer um acidente de carro
Sem ver beleza na sinceridade
Sem dormir na grama em fim de tarde
Sem ver o sol nascer ou a lua cheia
Sem cair num poço profundo
Sem me perder numa floresta escura

Mas eu posso morrer...
Mesmo que nunca tenha problemas cardíacos
Mesmo que não acredite em maldições
Mesmo que não sofra penas ou castigos
Mesmo que não saia na rua no momento do último tiro

Posso morrer...
Mesmo que não tema o que vem depois do último...
O bem, o mal, mas somente o necessariamente real...

11:00
19/09/06

as aulas do Ileno são as melhores...

quarta-feira, novembro 01, 2006

"Deixa eu brincar de ser feliz..."

Pra quê mudar?
Pra quê gritar?
Pra quem calar?
Pra quem está?
Pra quem será?
Pra ser feliz...
Ter o direito de estar
De talvez chorar
De me abandonar
De me desmembrar
De me desmandar
De me comandar...

Ver o feliz, sentir do feliz
olhar o feliz, duvidar do feliz...
Questionar o real, perguntar ao celeste
Se é permitido fazer o que se deve
Se é melhor que deixe o inferno me consumir
Se o céu é o sublime que se diz...
Melhor deixar brincar, melhor vivenciar
melhor...